quinta-feira, 30 de abril de 2015

A proporção ideal de BCAA no esforço físico

Certamente você que é atleta ou pratica atividade física com o intuito de ganhar massa muscular conhece os aminoácidos de cadeia ramificada (BCCAs) considerados  essenciais - a leucina, isoleucina e valina. Porém, muitos têm dúvida em relação às proporções ideais dos BCCAs para consumo, uma vez que os suplementos das diversas marcas disponibilizadas no mercado têm também em sua composição porções diferentes desses três aminoácidos.

A leucina é a sinalizadora do m-TOR (mamalian traget of rapamicin), que é o ativador da síntese de proteína pela célula, ou seja, é através do estímulo à m-TOR que ocorre a síntese muscular (anabolismo).

Por esse motivo algumas pessoas ingerem uma porção maior de leucina em relação aos demais BCCAs na ilusão de que esse aminoácido  induzirá a um ganho maior de massa muscular. Mas não é bem assim.

Numerosos estudos sugerem que a suplementação com BCAAs antes do exercício promove a resistência muscular. Outro ponto importante é que os BCAAs ajudam a reduzir a fadiga durante os treinos, e isso está diretamente relacionado ao papel que a valina desempenha no corpo.

Isto acontece porque durante o exercício, o  triptófano (aminoácido que ajuda a sintetizar a serotonina) é retomado pelo cérebro em grandes quantidades. O triptofano é convertido no cérebro em 5-hidroxitriptamina (5-HTP), precursor do neurotransmissor serotonina.

Com níveis mais elevados de serotonina durante o exercício, o cérebro sinaliza  que o corpo está cansado, levando a uma redução na força muscular e resistência. A valina age reduzindo o cansaço físico. 

Entenda melhor: quando você toma a valina antes e / ou durante os treinos, menos triptófano chega ao cérebro para ser convertido em serotonina. Esse processo permite que seus músculos contraiam com mais força por um longo tempo antes de ficar cansado. Valina também pode ajudá-lo a ficar "alerta" e manter o seu cérebro mais “aceso” durante o dia.

A isoleucina  também é a grande facilitadora da resposta insulínica. É a através desse hormônio (insulina) que o açúcar, glicose, entra na célula, carreando consigo os aminoácidos, como por exemplo, a leucina. Ou seja, com a isoleucina mais leucina vai chegar ao receptor e cumprir então seu objetivo, construir músculo.

Para comprovar que  exceder no consumo de leucina em relação aos outros BCAAs é um erro, apresento o  resultado do estudo  realizado pela Universidade de Baylor, no Texas, EUA.

O trabalho foi desenvolvido em um grupo de homens jovens. Eles tomaram suplemento de BCAA na proporção 2:1:1 (leucina: isoleucina: valina) ou um placebo (substância sem propriedade farmacológica) antes e depois do treino de perna.

Os pesquisadores constataram que, enquanto a leucina aumentou a síntese proteica múscular após o treino melhor do que o placebo fez, os BCAAs aumentaram a síntese protéica ainda melhor do que a leucina e o placebo. Essa é uma das razões para colocar abaixo a porcão 2: 1: 1 (ou algo próximo a ele) quando da suplementação com BCAAs.

Optando por marcas com proporções próximas disso não só estaremos tendo performance superior, como estaremos poupando dinheiro. Aminoácidos com maior concentração de leucina, como algumas marcas que chegam a 8:1:1 ou mesmo 10:1:1, são sempre mais caros, então poupe seu dinheiro para gastar com algo que realmente te dê retorno.

domingo, 19 de abril de 2015

Artemisia, uma aliada na destruição das células cancerígenas

“Uma bomba inteligente contra o cancro”, foi essa a afirmação do médico e pesquisador americano Len Saputo ao constatar, por meio de estudo científico, os efeitos positivos da artemisia - também conhecida como absinto - na prevenção do câncer. A erva é facilmente encontrada em casas que comercializam produtos naturais. Os chineses já conheciam o poder fitoterápico da planta para a cura de diversas patologias.

Além da pesquisa do dr.Len Saputo,  existem pelo menos outras duas  que comprovam a eficácia dessa erva na cura do câncer. Uma delas foi desenvolvida pelo laboratório de cancro da Universidade da California, nos EUA, cujo resultado foi descrito da seguinte forma: “para o fator de transcrição E2F1 a artemisia está envolvida na destruição de células de cancro do pulmão”. 

Existe ainda o estudo realizado pela Universidade de Washington que provam o poder dessa erva na cura do câncer. A pesquisa foi coordenada pelos doutores Henry Lai e Narendra Singh. Esse levantamento científico mostra que a artemisia, ao ser combinada com o ferro, apresenta taxa de 75% de destruição (comprovada) do câncer de mama.

Isto ocorre porque as células afetadas pelo câncer necessitam de maior quantidade de ferro para que seu crescimento ocorra mais rapidamente, havendo assim a divisão celular. A artemisia tem o poder de obstruir a multiplicação das células alteradas ao reagir associado ao ferro, destruindo as células maléficas, sem atingir as saudáveis.

É importante ressaltar que o tratamento convencional, acompanhado do médico, não deve e nem pode ser abandonado.

sábado, 11 de abril de 2015

Doença de Alzheimer pode ser prevenida com suplementação de vitaminas do complexo B

 A suplementação de vitaminas do complexo B pode prevenir a doença de Alzheimer (DA) e diminuir o declínio cognitivo por retardar a atrofia de regiões específicas do cérebro em idosos, foi o que demonstrou estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences demonstrou.

O foco da pesquisa foi avaliar se as vitaminas do complexo B são de fato eficazes na prevenção da atrofia da massa cinzenta do cérebro (que possui regiões afetadas pelo processo neurodegenerativo na DA) e se o efeito varia de acordo com os níveis sanguíneos de homocisteína.

Foram analisados 156 idosos, sendo que 76 deles (média de idade de 76 anos) receberam suplementação de vitaminas do complexo B e os 80 participantes restantes (média de idade de 77 anos) receberam placebo. A suplementação consistiu em: ácido fólico 0,8 mg/dia, vitamina B12 0,5 mg/dia, vitamina B6 20 mg/dia durante 24 meses.

Os idosos não apresentavam DA, mas relatavam queixa de perda de memória e preencheram os critérios de Petersen como tendo comprometimento cognitivo leve. Foram realizados exames bioquímicos e de ressonância magnética para avaliar regiões específicas do cérebro no início e no final dos 24 meses.

Massa cinzenta

Após os dois anos de acompanhamento, a atrofia da massa cinzenta foi encontrada em todos os idosos, abrangendo regiões relacionadas com o desenvolvimento da DA. Entretanto, os idosos que receberam a suplementação apresentaram uma redução significativa da atrofia nessas regiões cerebrais, em comparação com o grupo placebo. A perda média de massa cinzenta foi de 3,7% no grupo placebo e de apenas 0,5% no grupo suplementado com vitaminas do complexo B.

Os pesquisadores observaram também que os idosos com altos níveis de homocisteína no grupo placebo apresentaram maior atrofia da massa cinzenta, em comparação com aqueles com baixos níveis de homocisteína. A suplementação com vitaminas do complexo B reduziu em 29% os níveis de homocisteína plasmática e teve um efeito ainda mais significativo na prevenção da perda de massa cinzenta nos indivíduos que apresentavam altos níveis de homocisteína no início do estudo.

Os estudiosos acreditam que a deficiência de vitamina B12 afeta a proliferação de células neuronais e que as vitaminas do complexo B ajudam a manter a neurogênese em regiões envolvidas no processo da DA.

Para os autores, a pesquisa demonstra que a perda de massa cinzenta em determinadas regiões do cérebro foi reduzida com o tratamento de vitaminas do complexo B. " As vitaminas do complexo B vêm sendo foco de pesquisa na prevenção e tratamento da doença de Alzheimer e isto pode ser parcialmente devido aos efeitos da deficiência dessas vitaminas sobre a função cerebral”, concluem os autores.

Referência(s)

Douaud G, Refsum H, de Jager CA, Jacoby R, Nichols TE, Smith SM, Smith AD. Preventing Alzheimer’s disease-related gray matter atrophy by B-vitamin treatment. Proc Natl Acad Sci U S A. 2013 May 20. [Epub ahead of print].

domingo, 5 de abril de 2015

Os benefícios do ômega-3 para os enfartados

Mais uma vez foi comprovada a eficácia do ômega-3 para a saúde. A certificação ocorreu durante a 64ª Sessão Científica Anual de Cardiologia, que aconteceu em março, em San Diego, Califórnia, quando foram apresentados os benefícios dos ácidos graxos ômega-3 em pacientes em recuperação de ataques cardíacos.

O trabalho científico apresentado mostrou o resultado de pesquisa realizada em 374 pessoas escolhidas aleatoriamente que sobreviveram a ataque cardíaco. Uma parte desses voluntários ingeriu 4 miligramas de ácido ômega-3 no período de seis meses e o outro grupo recebeu placebo (comprimidos sem princípio ativo algum).

Ao final do estudo, coordenado pelo médico Raymond Kwong,diretor de ressonância magnética cardíaca do Hospital  Brigham an Womem, em Boston,  concluiu-se que o grupo voluntário tratados com ômega-3 teve menos deterioração da função cardíaca se comparado com os voluntários que receberam placebo.

Para o médico, os ácidos graxos ômega-3 podem ter efeito anti-inflamatório, além de promover melhor cicatrização cardíaca. "Esse dado é importante porque outros agentes anti-inflamatórios, incluindo esteróides e anti-inflamatórios não esteróides, não conseguiram fazer a diferença após infarto do miocárdio”, revela o pesquisador.

Raymond Kwong afirma ainda que dar uma dose de ácidos ômega-3  logo após um ataque cardíaco melhora a estrutura e funcionamento do coração cardíaco. “Estamos confiantes dos beneficios desta terapia especialmente naqueles que apresentaram enfarto agudo do miocardio”, concluiu.